Estou sempre de partida,
De malas, sacos feitos,
Desfeitos de ilusão.
Inocente nos sentimentos...
A vida já me ensinou,
Mas insisto em acreditar
Que a página do livro
Que escrevo é diferente
Da última que vivi, vou
De coração despedaçado
Confirmar que não me amou
Que apenas me usou ou
Pensou em mim como estratégia
Para alcançar o seu propósito
Inóspito, hostil, aliado a quem
Verdadeiramente ama. Um amor
Perverso, ruim... Os outros razão
Têm de os classificar de interesseiros.
E mergulho no leito, durmo sem tempo
Para esquecer. E mergulho no meu mar
Que jamais esqueço e esqueço
Que algum dia fui infeliz, desde petiz
Sina forte... Não tenho força, as ondas
Me levarão e talvez eu consiga descansar...
Que a página seguinte seja melhor!
